Atividade in vitro de plantas condimentares (Rosmarinus officinalis L., Lippia graveolens HBK e Thymus vulgaris L.) contra o calicivírus felino

  • Thaís Felli Kubiça
  • Sydney Hartz Alves
  • Rudi Weiblen
  • Andréia Henzel
  • Mathias Martins
  • Luciane Terezinha Lovato
Keywords: Norovírus. FCV. óleos essenciais. Citotoxicidade. MTT. ensaio de placa.

Abstract

O calicivírus felino (FCV) é um importante patógeno de gatos que causa lesões ulcerativas orais e infecções respiratórias. O vírus tem sido utilizado como modelo experimental para avaliação de agente antivirais contra norovírus (NoVs). Nesse estudo, investigou-se a ação dos óleos essenciais de alecrim (Rosmarinus officinalis L.), orégano mexicano (Lippia graveolens HBK.) e tomilho (Thymus vulgaris L.) frente ao FCV, in vitro. A toxicidade celular foi testada pelo método de MTT e os ensaios antivirais pelo teste de redução de placas. Três protocolos foram aplicados: a) diferentes concentrações não tóxicas dos óleos essenciais (CNTOE) foram incubadas com o vírus por 1 hora antes da inoculação (ensaio virucida); b) CNTOE foram adicionadas às células CRFK e incubadas por 1 hora antes da adsorção viral (ensaio de pré-tratamento); c) CNTOE foram adicionadas às células após a inoculação do FCV e mantidas por 18 horas (ensaio de pós-tratamento). A CC 50 para os óleos de alecrim, orégano mexicano e tomilho foram: 1300,21 μg mL-1; 435,92 μg mL-1 e 675,34 μg mL-1; respectivamente. O óleo essencial de tomilho apresentou índice de seletividade [IS=CC50/CI50] de 8,57 para o ensaio de pré-tratamento e 6,2 no ensaio virucida. O óleo de alecrim mostrou atividade antiviral no ensaio virucida (IS=6,54) e de pós-tratamento (IS=6,86). O orégano mexicano apresentou IS de 5,75 no ensaio virucida e 5,59 no de pós-tratamento. Conclui-se que os óleos essenciais de tomilho e alecrim apresentaram atividade frente ao FCV em diferentes momentos da infecção viral.

Published
2015-01-01
Section
Research Article