Avaliação fototóxica e screening mutagênico de extratos de propolis, Aloe spp. e Hamamelis virginiana

  • M.F.S. Ramos
  • E.P. Santos
  • A.B. Silva
  • A.C. Leitão
  • G.M. Dellamora-Ortiz
Keywords: Aloe spp., Hamamelis virginiana, própolis, fototoxicidade, mutagenicidade.

Abstract

A utilização de extratos vegetais em produtos farmacêuticos e cosméticos tem mostrado ser uma tendência mundial e cresceu substancialmente nas duas últimas décadas. No entanto, há ainda poucos relatos na literatura com relação à atividade mutagênica ou fototóxica de extratos vegetais. No presente trabalho foi avaliada a atividade fototóxica e o “screening” mutagênico de extratos fluidos e secos de própolis, Aloe spp. e Hamamelis virginiana. Na investigação de fototoxicidade foram realizados ensaios microbiológicos, utilizando cepas de Candida albicans e Saccharomyces cerevisiae, bem como ensaios biológicos com cobaias albinos. Extratos etanólicos de Ruta graveolens e Citrus spp., além de 8-metoxipsoraleno (fármaco sintético padrão), foram usados como controles positivos em ambos os testes. A atividade mutagênica foi avaliada qualitativamente segundo o “spot test” descrito por Maron & Ames, com cepas de Salmonella typhimurium TA97, TA98, TA100 e TA102, empregando como controle positivo o óxido de 4-nitroquinolina. Não foi observada atividade fototóxica, em ambos os ensaios realizados, para qualquer dos extratos. O ensaio microbiológico demonstrou uma atividade fungistática ou fungicida nos extratos secos de hamamélis. Os resultados obtidos nos ensaios microbiológicos com a levedura S. cerevisiae indicam que este microrganismo apresentou eficiência no procedimento de “screening” de atividade fototóxica comparável à obtida com C. albicans. Os extratos vegetais não apresentaram atividade mutagênica nos ensaios preliminares realizados.

Published
2005-05-01
Section
Research Article