Estudo in vitro do potencial citotóxico da Annona muricata L.

  • Egidi Mayara Firmino Silva
  • Renata Barreto de Castro Nascimento
  • Francisco Stefânio Barreto
  • Manoel Odorico Moraes Filho
  • Samara Almeida Souza Griz
  • Aldenir Feitosa dos Santos
  • Kristiana Cerqueira Mousinho
Keywords: Citotoxicidade. Artemia salina Leach. MTT. Annona muricata.Linn

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo avaliar a atividade citotóxica do extrato etanólico da casca do caule (AMC) e folha (AMF) da Annona muricata Linn. Para a realização desse estudo, inicialmente foi verificada a atividade do extrato etanólico nas concentrações de 1000, 800, 600, 200 e 100 μgmL-1 para AMF e concentrações de 200, 150, 100, 50, 10 μgmL-1 para AMC através do ensaio de Artemia salina Leach que é considerado um bioensaio preliminar no estudo de extratos com forte atividade biológica e permite realizar a avaliação da toxicidade envolvendo apenas um parâmetro: vida ou morte. Posteriormente foi realizado o ensaio de citotoxicidade através do método do MTT (3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina em linhagens de SF-295 (glioblastoma - humano), OVCAR-8 (ovário) HCT-116 (colón) e HL-60 (leucemia pormielocítica). Os extratos foram testados na concentração de 50 µg/mL para o teste de citotoxicidade de concentração única para verificar ausência ou presença de atividade. Para a determinação da concentração inibitória (CI50), todas as amostras foram testadas em concentrações seriadas que variaram de 0,09 a 50 µg/mL utilizando 2 como fator de diluição. No presente estudo, as duas amostras utilizadas através do ensaio de Artemia salina Leach apresentaram concentração letal (CL50) superiores a 80 μgmL-1. A folha apresentou CL 50 = 324, 07μgmL-1 e a casca do caule apresentou CL50 = 196, 04μgmL-1. Já através do teste do MTT os valores de concentração inibitória (CI50) variaram de 12,81 a 22,65 μg/mL para AMF e de 0,09 a <5 μg/mL para AMC, frente as diferentes linhagens tumorais avaliadas. Diante dos resultados obtidos para a casca e folhas de A. muricata, avaliadas neste trabalho através dos bioensaios de toxicidade com Artemia salina Leach e com as células tumorais SF- 295, OVCAR-8, HCT-116 e HL-60, pode-se verificar o potencial tóxico de ambas as amostras, destacando-se mais as cascas que tiveram um potencial citotóxico maior. Devido a este fato, novos experimentos devem ser conduzidos para investigar melhor o potencial antitumoral das cascas do caule de A. muricata .

Published
2015-04-01
Section
Research Article