Estudo exploratório do uso de plantas medicinais para o controle de fatores de risco cardiometabólico em mulheres pós-menopausa

  • Gabriela Tassotti Gelatti
  • Christiane Fátima Colet
  • Evelise Moraes Berlezi
  • Karla Renata Oliveira
Keywords: Risco cardiovascular. Climatério. Terapias complementares. Plantas medicinais.

Abstract

Este estudo buscou identificar o uso de plantas medicinais para o controle de fatores de risco cardiometabólico, em mulheres pós-menopausa. Trata-se de um estudo transversal, analítico e exploratório e subprojeto de uma pesquisa institucional “Estudo multidimensional de mulheres pós-menopausa do município de Catuípe/RS”. As informações relativas ao uso de plantas foram obtidas em entrevista estruturada e os dados relativos ao índice de massa corporal, circunferência abdominal, pressão arterial, perfil lipídico e glicêmico do banco de dados da referida pesquisa. Foram selecionadas 51 mulheres, 37,2% relataram usar plantas para problemas cardiometabólicos e apresentavam elevado risco cardiovascular. Foram citadas 18 espécies de plantas, três usadas para diabetes mellitus, sendo a Sphagneticola trilobata a mais citada, uma para hipertrigliceridemia, cinco para hipercolesterolemia, entre as quais a Myristica fragrans foi a mais mencionada, uma para hipertensão e três para redução de peso, destacandose a Camellia sinensis. Para seis das espécies estudadas foi atribuída ação diurética e uma delas tem indicação para problemas cardíacos. Dentre as citadas, seis encontramse na RDC 10/2010 e três no Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira, contudo, apenas a indicação de uma planta confere com o relato das entrevistadas, por outro lado foram encontrados estudos que relacionaram estas plantas com efeitos cardioprotetores. Considerando a importância do manejo adequado destas doenças, tornase necessário averiguar se as plantas estão sendo utilizadas para a indicação correta. Sugere-se também a implantação de ações educativas visando qualificar o uso de plantas para diminuir o risco cardiometabólico, utilizando as Políticas do SUS como instrumento de trabalho.

Published
2015-07-01
Section
Research Article