Análise das prescrições medicamentosas de um hospital de pequeno porte do noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
Abstract
A prescrição de medicamentos é um documento que deve conter todas as informações de identificação do paciente e aquelas necessárias para que se realize o tratamento correto. Objetivou-se verificar a adequação de prescrições hospitalares aos aspectos técnicos e legais estabelecidos pela World Health Organization (WHO) e legislação brasileira. Trata-se de um estudo transversal e descritivo, realizado em hospital de pequeno porte, nos meses de agosto e setembro de 2010 com prescrições de pacientes de enfermaria. Em 139 prescrições haviam 703 medicamentos, com média de 5,06 medicamentos/ prescrição. O nome do paciente esteve em 94,25% das prescrições, 55,40% apresentaram identificação do quarto e leito, em todas a data esteve presente, em 55,40% a assinatura do médico foi verificada e em nenhuma delas encontrou-se o registro no Conselho Regional de Medicina. Dosagem, via de administração, forma farmacêutica e frequência/horário de administração estiveram presentes em, respectivamente em 24,46%, 66,19%, 1,44% e 88,49% das prescrições. A Denominação Comum Brasileira (DCB) foi utilizada em 41,11% dos medicamentos, 10,53% de antibióticos foram prescritos e 47,08% medicamentos eram injetáveis. Os medicamentos para o sistema nervoso foram os mais prescritos. Sugere-se a implantação de estratégias que visem o correto preenchimento da prescrição de maneira a reduzir problemas de saúde decorrentes de erros na administração de medicamentos. Estudos que identifiquem ausência de informações nas prescrições podem contribuir para mudar esse cenário, quando a divulgação e discussão dos dados encontrados em diferentes hospitais conduzam a implantação de estratégias para reverter a situação.