Qualidade parasitológica e condições higiênico-sanitárias de sururu (Mytella charruana) e alface (Lactuca sativa) comercializados em um mercado público de Maceió-AL
Abstract
As Doenças Transmitidas por Alimentos são síndromes originadas pela ingestão de alimentos e/ou água, que contenham agentes etiológicos em quantidades tais que afetem a saúde do consumidor. Assim, o estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de parasitos, bactérias do grupo coliformes totais e fecais em amostras de alfaces e sururu comercializadas em um mercado público de Maceió-AL. Foram avaliados 13 pés de alfaces e 20 amostras de sururu que foram obtidas de diferentes boxes e acondicionadas individualmente em sacos plásticos estéreis. Para a análise parasitológica, as amostras de sururu e alface foram pesadas (50g), posteriormente submetidas à lavagem manual com 300 mL de água destilada. Em seguida, a água da lavagem foi recolhida em recipiente apropriado e esta foi analisada por duas técnicas de detecção de parasitos: sedimentação espontânea e centrifugação simples. Para analise microbiológica das amostras de alface e sururu foi utilizada a técnica do número mais provável, utilizando caldo Lauril Sulfato Triptose para o teste presuntivo, caldo verde brilhante e caldo Escherichia coli para o teste confirmativo. Dentre as amostras, 84,39% apresentaram larvas da família Rhabdiasidae, e 15,61% das amostras foram negativas, não foram identificadas estruturas parasitárias no sururu avaliado. Na análise microbiológica todas as amostras de alface e sururu apresentaram-se com resultados de >1100 NMP/g para bactérias do grupo coliformes indicando que esses produtos possuem contaminação microbiológica alta, não devendo ser ingeridos por crianças, idosos e pacientes imunocomprometidos. Estes dados indicam a necessidade da orientação dos manipuladores quanto à higienização no preparo de alfaces e sururu pelos consumidores.