Avaliação da qualidade de águas purificadas utilizadas em farmácias de manipulação
Abstract
A RDC n° 67 de 2007, que revogou a RDC nº 33 de 2000, regulamentou análises mensais que avaliam parâmetros microbiológicos e físico-químicos em águas purificadas utilizadas em preparações magistrais, antes não especificados pela RDC n° 33 de 2000. Diante dessas alterações, o objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade de águas utilizadas em farmácias de manipulação em Araraquara e região e verificar o impacto da legislação mais recente (RDC nº 67 de 2007) nessa qualidade. Foram analisadas 744 amostras de água purificada em 30 farmácias no decorrer de quatro anos (2008 a 2011). Os parâmetros avaliados foram: presença de coliformes totais e coliformes termotolerantes/E.coli, pH, cor, turbidez, sólidos totais dissolvidos, fluoreto e cloro residual livre. Os métodos utilizados seguiram padrões de farmacopeias, da FUNASA e da APHA. Dentre as amostras analisadas 78,90% estavam em conformidade com os padrões estabelecidos. Não foram encontradas amostras irregulares quanto aos parâmetros cor e coliformes termotolerantes/E. coli. No entanto, 0,54%, 7,80%, 10,75%, 0,54% e 4,56% das amostras estavam irregulares para turbidez, fluoretos, pH, cloro residual livre e coliformes totais, respectivamente. Foi observada uma variação do número de amostras irregulares ao compararmos os anos de 2008 e 2009 (20,26% e 26,71% respectivamente) com os anos de 2010 e 2011 (18,33% e 19,91% respectivamente). Quatro anos após a RDC n° 67 de 2007, as farmácias de manipulação ainda estão se adequando às normas e é importante que a ANVISA e outros órgãos continuem a fiscalização para garantir a qualidade da água purificada.