Embalagens plásticas e de vidro para produtos farmacêuticos: avaliação das propriedades de barreira à luz

  • R.M.V. Alves
  • S.B.M. Jaime
  • M.P. Gonçalves
  • P.W. Suzuki
Keywords: embalagens plásticas e de vidro; produtos farmacêuticos; barreira à luz.

Abstract

A estabilidade de produtos farmacêuticos fotossensíveis é afetada pela luz, que catalisa reações de degradação. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de diferentes resinas, coloração, espessura e presença de absorvedores de radiação ultravioleta (UV) como promotores de barreira à luz em embalagens plásticas e de vidro para produtos farmacêuticos. A Farmacopéia Americana estabelece limites entre 10 e 25% de transmissão de luz entre 290 e 450 nm para embalagens de medicamentos. Nenhum dos frascos sem coloração mostrou-se adequado, sendo aqueles que apresentaram menor transmissão foram o de vidro e o de politereftalato de etileno (PET), até 350 nm, e o de polietileno de baixa densidade (PEBD) no restante do espectro. A amostra de polipropileno (PP) apresentou a maior taxa de transmissão até 300 nm, ficando próxima das demais amostras a partir daí. No frasco de PET cristal com absorvedor de radiação UV, observou-se redução significativa nas transmitâncias até 350 nm, chegando à mesma percentagem que o PET sem absorvedor acima deste comprimento de onda. As amostras de PET âmbar, verde e branco apresentaram a melhor barreira à luz dentre os frascos de PET coloridos. As chapas de policloreto de vinila (PVC) apresentaramse similares às de PET (tanto cristal quanto coloridas), sendo que as chapas de policloreto de vinila / policloreto de vinilideno (PVC/PVdC) e policloreto de vinila / policlorotrifluoretileno (PVC/Aclar) apresentaram transmissão similar à do PVC com absorvedor de UV. A embalagem de PP azul apresentou maior barreira que o PP natural, mas não é adequada segundo a Farmacopéia. A espessura se mostrou diretamente proporcional à barreira, tanto nas embalagens de PET quanto nas de vidro.

Published
2008-05-01
Section
Research Article