Determinação da resistência de Staphylococcus aureus: um desafio?

  • V.C. Colli
  • A.C. Pizzolitto
  • M.S.G. Raddi
Keywords: Staphylococcus aureus. Caracterização fenotípica. D-teste. MRSA.

Abstract

O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de resistência de cepas de Staphylococcus aureus, com diferentes padrões de eletroforese em campo pulsado (PFGE), em relação à resistência induzida à clindamicina e caracterizar cepas resistentes à oxacilina por testes fenotípicos. Do total de 18 cepas diferenciadas por PFGE, isoladas dos sítios nasais ou linguais de portadores adultos saudáveis, sem doença de base, sem histórico de uso de antibióticos e internações hospitalares, quatro (22,2%) apresentaram sensibilidade à clindamicina no antibiograma convencional, mas demonstraram resistência no D-teste; uma cepa (5,6%) foi caracterizada como BORSA (borderline) em relação à resistência a oxacilina e outra (5,6%) CA MRSA (S.aureus meticilina/oxacilina resistente associado à comunidade), ambas sensíveis à cefoxitina pelo teste de disco difusão. A caracterização molecular pela reação em cadeia para polimerase (PCR) da cepa identificada fenotipicamente como CA MRSA não revelou a presença do gene mecA, indicando tratar-se de cepa BORSA. Estes resultados apontam a importância do emprego rotineiro do D-teste como ferramenta para a determinação da resistência do tipo induzida à clindamicina, bem como para a importância da inclusão do teste de resistência à cefoxitina entre os métodos fenotípicos para caracterização de MRSA.

Published
2009-01-01
Section
Short Communication