Avaliação preliminar da associação entre anfotericina e hesperina com oxidantes e células huvec

  • Francine Alessandra Manente
  • Ana Flavia Tostes da Silva
  • Josiane Aparecida Schemberger
  • Isabella Aparecida Heinrich
  • Antonio Carlos Mattar Munhoz
  • Flávio Luis Beltrame
  • Danielle Cardoso Geraldo Maia
  • Ana Carolina Urbaczek
  • Iracilda Zeppone Carlos
  • José Carlos Rebuglio Vellosa
Keywords: Hesperidina. Anfotericina B. Estresse oxidativo. Citotoxicidade.

Abstract

A anfotericina B (AmB) é fármaco “padrão ouro” para o tratamento de infecções fúngicas invasivas desde 1960. Entretanto, a anfotericina B apresenta elevada toxicidade, a qual manifesta-se mais frequentemente nos rins e no fígado. Sabe-se, desde 1985, que a autooxidação da AmB origina diferentes formas de espécies reativas oxidativas e estas, por serem tóxicas para a célula, seriam responsáveis, em parte, pela toxicidade. Diferentes estudos indicam que a hesperidina contribui por meio do decréscimo do estresse oxidativo, para a proteção renal e contra a injúria gerada pela isquemia. Tal fato e o envolvimento da AmB na geração de radicais livres tornam interessante a avaliação preliminar do efeito da hesperidina e AmB (isoladamente ou associadas) frente a espécies reativas do oxigênio e radicais livres, bem como o estudo das mesmas em modelos de citoxicidade. Frente ao ABTS•+, a AmB apresentou IC50 igual a 0,0124mg/mL, mas quando associada à hesperidina este valor caiu para 0,0003mg/ mL. Frente ao HOCl, a Amb apresentou IC50 igual a 0,0056, mas quando associada à hesperidina este valor caiu para 0,0023mg/mL. No ensaio com DPPH• e radical ânion superóxido as amostras não foram efetivas. No ensaio com células endoteliais em cultivo (HUVEC), as associações reduziram a viabilidade celular. Estes resultados preliminares evidenciam a interação dos compostos com espécies reativas bem como indicam possibilidade de exacerbação do dano pela AmB na presença dos antioxidantes em um modelo in vitro.

Published
2014-10-01
Section
Research Article