Complexos triazenidos de platina (II): Avaliação in vitro da atividade antibacteriana e citotóxica frente a bactérias e células de medula óssea de pacientes leucêmicos de um hospital escola
Abstract
Atualmente, apesar da ampla gama de substâncias ativas existentes, progressivamente tem se limitado o arsenal terapêutico disponível na prática clínica, isto se deve, especialmente, pelo surgimento da resistência aos agentes terapêuticos utilizados no tratamento de tumores e infecções bacterianas. Em virtude das diversas propriedades farmacológicas demonstradas pelos triazenos (TZCs), avaliaram-se compostos inéditos na busca de novos agentes biologicamente ativos, estes foram denominados C1 e C2. A atividade antibacteriana foi realizada pelo método convencional da microdiluição em caldo, através da técnica da Concentração Inibitória Mínima (CIM), frente a cepas bacterianas de referência American Type Culture Collection (ATCC) e isolados clínicos com resistência múltipla as drogas (RMD). A citotoxicidade foi analisada através do ensaio colorimétrico baseado na redução do brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5–difeniltetrazólio frente a células da medula óssea de dois pacientes (P1 e P2) atendidos no Hospital Universitário de Santa Maria. Os dois compostos testados apresentaram atividade antibacteriana em 26,08% (6/23) das cepas testadas, sendo ativos em 38,46% (5/13) das cepas ATCC e 10% (1/10) dos isolados clínicos RMD, apenas em espécies caracterizadas como Gram positivas. Os resultados foram satisfatórios para ambos os compostos frente à amostra P2, células mononucleares de Leucemia Mielóide Crônica, pois demonstraram indução da morte celular. Pode-se concluir que os resultados obtidos desses compostos demonstraram a existência de atividade antibacteriana, bem como, atividade antileucêmica promissora. Pesquisas complementares relacionadas a esses compostos estão em andamento.